sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

So-rrindo.

Chegamos!
Subimos até o quarto dele. Escorria sangue entre as minhas pernas, mas isso não impedia o desejo de nos possuir. Ele me tomou nos braços, me cheirou, me apertou e subiu em mim. Eu não tinha mais para onde correr, na verdade isso nem passou pela minha cabeça. E um convite indecente ao pé do meu ouvido foi feito. O fogo, o desejo já ardia em minha pele, eu precisa dar pra ele. Fomos até o chuveiro, e sem nem ao menos piscar ele já estava dentro de mim. Me pegou por trás, forte, enfiou tudo, tudo. 
Até o talo! 
E então surge o primeiro gemido, ainda baixo, ainda controlado. A água escorria em meu corpo me deixando completamente molhada, mas o tesão estava tão grande que por dentro eu me sentia mais molhada, que por fora. Ele me comia, com vontade de comer, parecia que sentia fome de mim, parecia que sentia sede de mim. Posso estar enganada, mas que parecia, parecia. O barulho da água quando ele entrava e saia, foi a trilha sonora. 
Aaaah! Os gemidos, então, ficaram mais altos e mais descontrolados!
Quando de repente ele sentou no chão, e foi a minha vez de subir nele. Sentei, rebolei. E as veias do corpo dele pareciam soltar do corpo, viril. O suor já se confundia com a água molhando nossos corpos, ardendo os nossos olhos. Sentei com força, doeu e eu gostei, gritei, gemi e gozei.
Gozamos!
Banhamos os nossos corpos e adormecemos entrelaçados, a respiração e a barba me fizeram cocegas a noite inteira, e provocaram meu riso enquanto eu dormia. Me inspirei e o cheiro de sexo paira nessas palavras, molhadas pelo suor do nosso prazer e selada como o liquido do maior prazer que é o gozo.



anoitecendo.

A noite traz as angústias, os medos, a lágrima impedida de cair durante todo o dia... 
O ser humano é frágil, fraco, submetido, temos mania de grandeza. 
Somos obrigados cotidianamente a sermos forte, aparentemente, fortes.
Temos sempre que sorrir, demostrar felicidade. 
Temos regras, milimetricamente calculadas, programadas.
Um dia ainda fujo, mudo de nome e escrevo a minha historia com o meu lápis.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O menino da menina, a menina do menino.


Passaram-se muitos moços, rapazes, mulheres e moças... com o poder de suspiros e delírios. Não posso negar, por vezes até já tocaram minha'alma. Mas passaram.
Quando mesmo se esperava e quando a esperança se tornava aquela antiga vizinha velha e doente que visitamos de vez em quando, surgiu o Menino.
O sorriso moleque e o olhar misterioso.
Resisti, fingi que não vi. Era proibido. Fugi, corri e me convenci que não jamais aconteceria.
Aconteceu! 
A cerveja me encorajou, naquela noite ele me amou, me comeu, me tomou em seus braços como um bicho... Mas eu jurei por todos os amores dessa vida que seria apenas uma aventura. 
Quebrei o juramento e tive que pagar caro por isso.
Alguma coisa, inexplicavelmente, me possuiu... Nem tão aos poucos assim, digamos que essa coisa é avassaladora. Não pediu licença, me invadiu, e aquela vontade de tentar resistir já não existe mais. 
O menino, então, me encantou! Ele é enfeitiçante (aquele que tem o poder de enfeitiçar). Tudo aconteceu rápido, sem chances pra recusar ou pensar em desistir.
Senti medo, mas o menino não deixo isso se alastrar. Eis, que as confissões secretas de uma vida inteira se tornaram as coisas mais simples de serem ditas, os sorrisos distribuídos gratuitamente, os sonhos tornaram-se realidades... Me apaixonei completamente. Ele possui a minha'alma, não apenas toca, possui.. Os suspiros o pertencem e os delírios? Só nós sabemos como aquilo tudo é possível. 
Fiz o menino se sentir vivo, fiz o coração dele bater mais acelerado e transformei o menino num sonhador que ele sempre foi, devolvi suas asas e o convidei para voar. 
Meu menino, sua menina.

(Autor e inspiração desconhecidos)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

o Vestido.

Ela chegou, os meus olhos só sorriam quando eu a olhava. Ela estava de vestido, longo. Cumprimentou-me, delicadamente e os nossos rostos se tocaram, foi o suficiente para o cheiro de laranjeiras do perfume da moça, me entorpecer. Os meus olhos passaram a noite inteira filmando Ela, cada movimento. O batom vermelho, [aaah]... O batom, desenhando os ricos dos lábios e me alucinando. O sorriso era largo, segurando um copo de whisky, então, era ainda mais verdadeiro. 
Ela dançou, bebeu, gargalhou e me destruiu por dentro. Sem, ao menos, se esforçar, me destruiu.
Reparei a noite toda, os detalhes: a mão ajeitando o cabelo, o movimento dos lábios, o cruzar de pernas, o desenho do corpo... Nada escapou. Mas quando ela dançava, me era o estopim. Eu olhava o balançar do vestido, cobrindo as suas pernas, era intrigante, eu tinha o corpo inteiro para admirar, os lindos seios... Mas eu só mirava o balançar da barra do vestido, de um lado, para o outro. Permiti-me a imaginar, os mistérios que o vestido cobria. 

E passei a suspirar, imaginado Ela sem aquele lindo vestido!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

A faca cega.

Amar em silêncio, calada. Sem ao menos o direito de sorrir por isso. Desse jeito, reprimido. Proibido. Amar não é mais tão importante. Talvez nunca tivesse sido. Mas o meu coração insiste nisso. 
Insiste em amar sozinho. 

O amor é uma faca, precisa cortar, sangrar. Mas a minha faca é cega.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ao meu Partido*


Hoje o meu partido completa 91 anos.
Eu poderia dedicar essas linhas para contar a história de luta, conquistas e transformações do Partido Comunista do Brasil, mas prefiro apenas contar o quanto ele mudou a minha história. 
Sou apenas uma menina que tem milhões de sonhos no peito e o maior deles é de mudar o mundo, os tolos julgam utopia. Para estes eu digo: eu prefiro morrer sonhando, a viver sem esperança.Podem me julgar, podem achar que o que escolhi não vai mudar nada, podem ter ojeriza à política, podem desacreditar ou desconfiar. Eu prefiro: mudar! 
Foi nas fileiras do PCdoB que enxerguei a melhor maneira de realizar tudo isso, eu tenho fetiche pela luta e o meu Partido também. Dedicarei cada segundo e cada minuto da vida para fazer mais pessoas sorrirem, ao lado do PCdoB eu conseguirei.


Viva o PCdoB! 
Viva a tem a coragem de lutar!


*quando criei o blog prometi não falar de política, mas o PCdoB é um pedaço da minha laranja!

domingo, 24 de março de 2013

Como se fosse o Mar...


A cabeça esquentou, o arrepio tomou conta de mim... Me peguei bem nervosa, estranho, diferente. No mundo de hoje as coisas diferentes ainda assustam. Sensibilidade, uma vida inteira em 30 segundos de pensamento, a flor da pele todas as inseguranças. Medo, tenho até vergonha de sentir isso. Principalmente quando se refere à fé. Engraçado... Porque fé na vida nunca me faltou. Peguei-me a andar por toda a casa, os dedos das mãos se entrelaçando desesperadamente. Agonia, só aumentava. Eu senti Ela perto de mim, eu já não tinha mais dúvidas. Desesperei-me, aquilo tudo era muito novo pra mim. Só as vozes do telefone me acalmavam. Daí então... parei. Respirei fundo, me pus a conversar com o tempo. Me acalmei... Ufaaa! Sorri.. pensei e disse:



- Volte sempre, minha Dona!